Mulher, negra, feminista, escritora premiada – uma voz poderosa na luta das mulheres e antirracista, sendo considerada uma das maiores personalidades intelectuais da atualidade.
Chimamanda Ngozi Adichie nasceu na Nigéria, em 1997 e, aos 19 anos, se mudou para os Estados Unidos, onde cursou comunicação e ciências políticas e publicou livros como “Hibisco Roxo”, “Meio Sol Amarelo” e “Americanah”.
Além de colocar a literatura africana em foco, a autora nigeriana é uma forte combatente dos estereótipos em relação ao continente e ao povo negro. Inclusive, Chimamanda enfrentou esses preconceitos enraizados enquanto estava na faculdade, quando foi questionada sobre sua excelência no inglês (um dos idiomas oficiais do seu país), por exemplo. Ela sentiu, na pele, o estereótipo que os norte-americanos e o ocidente estabelecem em relação à África: miséria, fome, falta de conhecimento. Inferioridade.
Aos 46 anos, Chimamanda coloca luz sobre esse problema e luta contra essa visão distorcida, pequena e discriminatória. No seu romance de sucesso “Americanah”, publicado em 2013 e que recebeu vários prêmios, incluindo o National Book Critics Circle Award, podemos acompanhar essa vivência.
Também podemos acompanhá-la em sua palestra no TED Talks, chamada “O perigo da história única”, que registrou milhões de views e questiona quem tem nas mãos o poder de contar as histórias dos povos historicamente marginalizados – vale à pena conferir!
Chimamanda também é uma figura importantíssima no movimento feminista. “Todos devemos ser feministas”, lema marcante que explodiu a partir de outra palestra que ministrou no TED, foi usado até pela cantora Beyoncé em um de seus álbuns. A escritora debate os papéis de gênero e a forma que a sexualidade feminina é vista e criticada. Além disso, ela também aborda temáticas como maternidade e os efeitos negativos do patriarcado para as novas gerações, tanto para meninas quanto para meninos. Em 2017, lançou o livro “Para Educar Crianças Feministas”.
Chimamanda Ngozi Adichie é luta, é inspiração. É voz para novos tempos e para nos tornarmos mais conscientes e combatentes a partir de suas histórias.
Por isso, convido vocês: leiam mulheres, escutem mulheres, acompanhem mulheres. Leiam Chimamanda.
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