Eliane Brum: mulher que escreve, escuta e luta pela vida
Poucas mulheres têm a coragem de romper com o centro do mundo e reconstruí-lo da floresta. Eliane Brum fez isso. Escritora, documentarista e uma das repórteres mais premiadas do Brasil, ela trocou São Paulo por Altamira, no coração da Amazônia, para viver e narrar a vida que pulsa onde muitos só veem uma fonte de recursos a serem explorados pelos homens. Fundou a plataforma trilíngue @sumauma_jornalismo, que pensa e pratica um jornalismo comprometido com o planeta e com os povos da floresta.
Autora de livros como Banzeiro òkòtó e Brasil, Construtor de Ruínas, Eliane dá corpo e palavra às urgências da Terra. Seus textos não vendem esperança fácil – eles nos chamam para agir. Em um de seus artigos, ela afirma que esperar por esperança virou um luxo de consumo. O que precisamos é nos reconectar com a vida, lembrar que somos natureza, e que tudo o que está vivo quer viver.
Essa postura fez com que Eliane Brum fosse eleita “Pensadora do Ano” pela revista britânica Prospect, que já elegeu nomes como Noam Chomsky. Uma mulher brasileira que está entre as grandes vozes do nosso tempo – e é urgente escutá-la.
Ela nos lembra que há poder dentro de nós, mesmo quando nos querem silenciadas. Que a luta é coletiva. Que é preciso imaginar outros futuros – e então criá-los. Para quem se sente sem lugar, sem fôlego ou sem sentido neste mundo adoecido, Eliane Brum é farol.
Que a força da vida que ela descreve nos inspire a rebelar, sonhar e agir juntas.
